As demostrações Financeiras do Fundo Soberano de Angola (FSA), relativas aos exercícios económicos de 2023, 2024 e 2025, vão ser auditadas, de acordo com o Despacho Presidencial nº70/23 de 14 de Abril
Para o efeito, o Presidente da República, João Lourenço, autorizou a despesa e formalização da abertura do procedimento de concurso limitado por convite para a contratação de serviços de auditoria para o referido período. Demostrações Financeiras do Fundo Soberano estão sujeitas à auditoria externa de uma entidade independente, de reconhecida idoneidade e competência, com vista à materialização do desiderato estipulado no Regulamento e na Política de Investimento.
Ao Conselho de Administração do Fundo é autorizado, com a faculdade de subdelegar, em representação do Estado angolano, a praticar todos os actos decisórios e de aprovação tutelar, no âmbito do referido procedimento, incluindo a celebração do contrato. O Fundo Soberano de Angola é uma instituição pública constituída em 2011 e oficialmente estabelecido em 2012, com uma dotação inicial de 5 biliões de dólares americanos, anunciado, na altura, pelo antigo José Eduardo dos Santos para promover o crescimento, a prosperidade e o desenvolvimento econômico e social do país.
Em Fevereiro de 2015, o Fundo foi reconhecido como um fundo soberano transparente pelo SWFI (Sovereign Wealth Fund Institu- te) com uma classificação de 8 em 10, um marco significativo para esta instituição, motivada por um conjunto de acções realizadas desde a sua criação, visando o aprimoramento dos mecanismos de gestão dos recursos, que incluem a nomeação da consutora Deloitte como auditor externo independente para o Fundo.
Estima-se que Fundo Soberano de Angola tenha registado, em 2021, um resultado líquido de 62,9 milhões de dólares, uma descida de 16% face aos 74 milhões de dó- lares (obtidos em 2020. A carteira de investimentos do Fundo está avaliada em 2,1 mil milhões de dólares. Em termos sectoriais, a carteira de investimentos líquidos do Fundo Soberano encontra-se maioritariamente em instrumentos emitidos por entidades governamentais, 37,92%, e do sector financeiro, 30,52%.