A ministra da Educação, Cândida Teixeira, aconselhou ontem, em Luanda, ao director-geral da Total EP em Angola, Laurente Maurel, a expansão de escolas francesas por todo país, pelo facto de ser um projecto muito proveitoso e que veio contribuir para a melhoria do ensino.
A governante fez esta apreciação na cerimónia de abertura das comemorações dos dez anos das Escolas Eiffel em Angola. Actualmente existem quatro estabelecimentos de ensino secundário deste grupo. De acesso gratuito, destinam-se a jovens entre os 13 e os 19 anos de idade espalhados pelas províncias do Bengo, Cuanza-Norte, Malanje e Cunene. Os candidatos passam por um rigoroso exame de admissão e apenas os melhores são aceites.
A partir deste ano, a Total concederá dez bolsas de estudos anuais direcionadas aos estudantes dessas quatros instituições de ensino em universidades de França, Burkina Faso e Angola. Cândida Teixeira revelou que, aquando da sua visita à Escola Eiffel do Bengo, em Janeiro, constatou que as escolas francesas apoiadas pela petrolífera Total EP Angola são completas, onde os estudantes encontram um misto de cultura e conhecimento.
“É uma escola completa, onde não só se ensina saberes científicos, como também a saber estar e conviver. Uma escola que transmite conhecimento e transforma o homem que Angola precisa”, frisou. “Estamos bastante ansiosos que este projecto se expanda em todo país. São boas escolas e vieram para ficar”.
O embaixador de França em Angola, Sylvain Itté, também ficou satisfeito na primeira vez em que visitou a referida escola do Bengo, ao notar que há jovens de diferentes níveis e meios sociais, provenientes de escolas públicas, “não só das elites, como são geralmente os liceus franceses ou estrangeiros, com bom resultados e felizes”.
Anunciou que o Ministério das Relações Exteriores de França vai também apoiar financeiramente este projecto em outras áreas, como “a ajuda na formação profissional e capacitação dos professores, bem como no ensino da língua francesa”.
“A partir do próximo ano vamos cooperar com a Escola Politécnica Francesa, escola de excelência dos engenheiros e técnicos franceses”, assinalou. Referiu que entre os objectivos da sua equipa consta que dentro de dois a quatro anos saia o primeiro angolano a ingressar na Escola Politécnica Francesa.
Anseiam multiplicar esta experiência em outras partes do continente africano. O evento contou também com a participação dos directores para África da Total em Angola.
As Escolas Eiffel resultam de uma parceria assinada em 2008 entre o Ministério da Educação de Angola, a Total EP Angola e a Missão Laica Francesa (Mission Laïque Française).