O papel do antigo Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, na reconciliação entre os fiéis da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo (Os Tocoístas), foi enaltecido esta Terça-feira, 17, em Catete, sede do município do Icolo e Bengo, arredores de Luanda
A exaltação foi feita pelo seu líder, Bispo Dom Afonso Nunes, durante a apresentação da sua mais recente obra religiosa intitulada “Enciclopédia Tocoísta – Génese e Identidade Doutrinária”, cujo acto enquadrou-se nas festividades do 83º aniversário da Epifania entre Deus e o profeta Simão Toco, líder fundador desta congregação.
Segundo os tocoístas, foi a 17 de Abril de 1935 que Deus encontrou- se com Simão Toco, em Catete, tendo-lhe incumbido a missão de evangelizar os povos em África. O líder espiritual desta congregação religiosa destacou José Eduardo dos Santos como tendo acreditado no processo de reconciliação e reunificação de todos os fiéis tocoístas, a partir do ano de 2000, altura em que ele assumiu a direcção da Igreja.
Segundo o Bispo, “a contribuição, a compreensão e a maneira como rapidamente” o antigo Chefe de Estado acreditou que um jovem como ele podia liderar e levar avante este projecto de evangelização, foi recordado neste encontro que serviu também para sessão de autógrafos.
O livro
O segundo da sua autoria, após publicar “40 Cultos Sabáticos”, no ano antepassado, encerra dez capítulos que discorrem sobre vários elementos históricos da Igreja Tocoísta e da luta do povo angolano, cuja apresentação foi feita por Francisco Afonso (Chico Afonso), membro da Igreja e antigo futebolista do Petro de Luanda.
A obra oferece uma abordagem mais abrangente da história da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo e do cristianismo em Angola, bem como uma análise sobre a génese do cristianismo em Angola.
Nesta sua obra, cujo lançamento oficial aconteceu em finais de Fevereiro, em Luanda, em acto realizado no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), destaca-se também o papel desempenhado pela Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo na luta de libertação nacional.
No final do mesmo mês, a referida obra foi apresentada na localidade de Ntaya, município de Maquela do Zombo (Uíge), onde Simão Toco está sepultado, um local considerado pelos seus seguidores como Cidade Santa.