O primeiro secretário provincial do MPLA na Huíla, João Marcelino Tyipinge, explicou aos militantes do seu partido no município de Chicomba, tudo o que se refere ao processo das primeiras eleições autárquicas a serem realizadas no país em 2020
Texto de: João Katombela, na Huíla
João Marcelino Tyipinge, que falava às centenas de militantes do Comité Municipal do MPLA em Chicomba, afirmou que as autarquias constituem um “trampolim” para a redução das assimetrias regionais, prevista no seu programa de governação para o período de 2017/2022.
O político avançou que, para se repetir a proeza de 23 de Agosto de 2017, torna-se necessário que todos os militantes do partido dos “camaradas”, do topo à base, se envolvam na mobilização. “Os militantes devem continuar a sensibilizar a população para as tarefas da reconstrução nacional, sensibilizando os nossos militantes para que se engajem efectivamente no cumprimento das tarefas programadas a nível do Executivo. Mas devemos continuar a consolidar as nossas bases, continuarmos a fazer crescer o nosso partido!
O trabalho do partido não termina com as eleições, terminam as eleições. Retomamos as nossas actividades político-partidárias porque dentro de mais algum tempo, menos de dois anos, teremos eleições autárquicas, a eleição daqueles que vão dirigir os municípios”, elucidou. Face a esse desafio, o líder dos camaradas na Huíla defendeu a necessidade de os seus membros continuarem a trabalhar na sua capacitação em matéria de autarquias, bem como na consolidação das suas bases, visando o crescimento do partido.
João Marcelino Tyipinge apelou ainda à vigilância dos seus militantes, no sentido de fiscalizar as actividades do Governo liderado pelo MPLA, da desconcentração administrativa e financeira em curso no país, que, em seu entender, é um balão de ensaio para as autarquias locais.
“Hoje, os municípios têm mais responsabilidade do que antes, estamos a desconcentrar muitas acções que eram executadas pelo Governo Central e pelos Governos Provinciais! Vamos mandar mobilizar os melhores quadros de cada município da província para que possam assegurar as grandes tarefas.”
O aparelho administrativo do município será maior e com maiores competências que a estrutura provincial, aquilo que fazia como governador vai fazer o administrador municipal, aquilo que as direcções provinciais faziam, uma parte também será executada pelos municípios, isso é exactamente um ensaio das autarquias, onde vamos prestar mais atenção aos recursos financeiros para os municípios, incluindo meios humanos fundamentais para executar esse novo programa na nova visão estratégica do Executivo angolano”, resumiu.