O Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo iraniano, Hassan Rohani, consideraram que o ataque à Síria “prejudicou seriamente as perspetivas de um acordo político na Síria”
DIÁRIO DE NOTÍCIAS
O Presidente russo alertou ontem para que a existência de novos ataques à Síria por países europeus pode provocar “o caos” nas relações internacionais, referindo-se à série de ataques levados a cabo, no Sábado, por EUA, França e Reino Unido.
Em conversa com o seu homólogo iraniano, Hassan Rohani, o Presidente russo, Vladimir Putin, sublinhou que, “se tais acções, que são uma violação da Carta das Nações Unidas, voltam a acontecer, tal provocará inevitavelmente o caos nas relações internacionais”, segundo um comunicado divulgado pelo Kremlin.
Os dois líderes “descobriram que essa acção ilegal prejudicou seriamente as perspetivas de um acordo político na Síria”, disse aquela fonte do Kremlin.
Aqueles três países atacaram na madrugada de Sábado alvos supostamente associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta ao alegado ataque com armas químicas contra a cidade rebelde de Douma, Ghouta Oriental, por parte do Governo de Bashar al-Assad, ocorrido uma semana antes e que terá provocado 40 mortos e atingido outras 500 pessoas.
A ofensiva consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono. Segundo o secretário-geral da NATO, a ofensiva teve o apoio dos 29 países que integram a Aliança.
Na sequência dos ataques, o Conselho de Segurança da ONU reuniu-se de emergência, a pedido da Rússia, que apresentou uma proposta de condenação da ofensiva militar, que foi rejeitada. Vladimir Putin criticou os ataques, descrevendo-os como “um acto de agressão contra um Estado soberano que está na vanguarda da luta contra o terrorismo”.