Nos últimos tempos têm saído notícias sobre a detenção de alguns efectivos do Serviço de Investigação Criminal (SIC), oficiais e agentes.
Os casos do Lubango, com o director provincial adjunto detido por envolvimento no crime de desvio de combustíveis, e o caso ontem noticiado neste jornal da detenção de um efectivo da Segurança Interna do SIC no Cunene, são exemplos claros de que o SIC está no bom caminho, está a extirpar do seu seio elementos adeptos de um comportamento que não se adequa às exigências da sua missão.
Ao menos a SIC mostra que não alberga nem protege os maus elementos. Quer manter-se limpo e com autoridade para exercer com moral a sua acção. Ao contrário de várias outras entidades estatais, algumas até ligadas ao sector da Justiça, que parecem mais interessadas em levantar cortinas de fumo em torno de si porque há lá dentro quem veja na estrutura uma boa protecção.
Porque sabem que de outra forma podem ir parar ao tribunal, mas como réus. Será que nos tribunais, na PGR, no Ministério do Interior e suas outras forças tuteladas, haverá alguma vez a coragem que o SIC tem demonstrado? A sociedade precisa destes exemplos para ter fé no Estado. Se falha esta fé abre-se lugar ao caos.