A sociedade malanjina acompanha expectante o desenrolar do caso dos jovens manifestantes contra a má governação de Norberto dos Santos “Kwata Kanawa”, acusados de atentarem contra a ordem e a tranquilidade públicas. No entanto, dos seis jovens implicados no processo, apenas dois foram ouvidos e sentenciados.
Texto: Miguel José, em Malanje
O Tribunal Provincial de Malanje condenou, ontem, em primeira instância à pena única de sete meses de prisão e multa no valor de 50 Kwanzas (AKZs) por dia, durante um mês, os réus Afonso Simão Muatchipuculo de 18 anos, natural da província da Lunda-Norte e Justino Horácio Valente, de 22 anos de idade, natural de Malanje, acusados de perturbarem o funcionamento do órgão de soberania.
A juíza de direito, Ilídia Domingos que presidiu a sessão de julgamento sumário, aferiu que uma vez provado em Tribunal os factos de que os réus são acusados, após várias discussões, foram ponderados o comportamento anterior, da menoridade de 21 anos do réu Afonso Muatchipuculo e foram ainda acrescidos 40 mil AKZs de taxa de justiça, 5 mil AKZs de pagamento aos defensores oficiosos e pagamento solidário de 350 mil AKZs por danos causados aos lesados. Segundo os réus, só apareceram no local, por terem sido mobilizados pelas suas respectivas escolas para participarem do acto de massas.
Mas no momento do acesso ao local onde decorria o evento, os jovens foram impedidos pela segurança, já que só permitiam a entrada de funcionários púbicos e senhoras. Porém, em face da adversidade, alteraram-se os ânimos e, consequentemente, gerou-se um alvoroço em torno da situação, o que forçou imediatamente a interposição dos agentes policiais da Intervenção Rápida.