Os meus melhores cumprimentos e votos de bom trabalho aos trabalhadores deste diário e aos angolanos. Durante o fim de semana pude acompanhar nos média públicos, e não só, várias notícias sobre questões sociais vividas na nossa Luanda, por vozes oficiais do país que, de certa forma, criaram muita inquietação.
Refiro-me pois a notícias relativas a mortes intra-hospitalares por malária a nível da cidade capital e, sobretudo, com maior afectação às crianças. Como se não bastasse o facto de não existirem nas unidades hospitalares fármacos até para dar respostas aos vários casos de malária, servem como recurso os meios privados para a sua obtenção.
É triste o número de crianças que todos os dias morrem, apesar de nos 11 princípios da cidade, a questão da saúde da criança estar salvaguardada como um direito que o Estado deve conceder, para além daquilo que vem plasmado na CR A (Constituição da República de Angola).
Meus senhores, morreram 100 crianças em Luanda só nos hospitais públicos, sem no entanto contar com aquelas que ocorrem no meio extra hospitalar. Isto significa que, em Angola, até a própria saúde já anda morta. Porque se ela existe, então existi para contribuir para a morte.
Ainda assim, a nossa ministra publicamente assume ter visitado alguns unidades hospitalares onde constatou a existência de medicamentos em stock, mas que os pacientes apenas recebem, no acto das consultas, o receituário para a compra de medicamentos em farmácias privadas.
Por outro lado, gostaria também de referir-me à grande onda dos homicídios por assalto e não só, que nos últimos tempos se registam nos arredores de Luanda , que até estão a resultar na extinção de famílias nucleares.
Calaram-se as armas, o que quer dizer que as forças armadas angolanas, bem poderiam, junto dos efectivos da PN (Polícia Nacional) reforçar o combate à elevada desordem e anarquia que se faz sentir por esta cidade toda, garantindo assim a segurança aos cidadãos. E mais, afinal, o que se passe nesta Luanda onde moram todos os que decidem sobre as nossas vidas e mortes?