O diário alemão Die Welt informou ontem que a Polícia impediu que se concretizasse um ataque terrorista com facas contra participantes e espectadores da meia-maratona de Berlim
POR: Afrodite Zumba
O chefe do Departamento de Projectos de Domínio Comercial da Empresa de Distribuição de Energia (ENDE), Salvador Tunganito Alberto, revelou a OPAÍS que entre 20 a 30 contadores de energia do sistema pré-pago são vandalizados semanalmente em Luanda. De acordo com o responsável, que falava em exclusivo a este jornal, a prática tem sido recorrente em vários bairros da capital do país, tanto no casco urbano como no suburbano, por clientes que querem demarcar-se do pagamento do bem que consomem. “As centralidades do Kilamba e do Sequele, bem como os bairros do Marçal, Nelito Soares e Mártires são alguns dos que registam maior incidência destes casos”, detalhou.
É por intermédio do registo histórico de carregamentos dos cartões de energia pré-pago de cada cliente, que a instituição consegue identificar a possibilidade de existência de fraude. Para tal, segundo Salvador Alberto, são analisadas a data da última compra de energia com o período que o cliente está sem adquirir. “É feita uma estimativa. Se o período de não aquisição exceder o previsto, a equipa de inspecção desloca-se à casa do cliente para averiguar o estado do equipamento. Muitas vezes se confirma a sua vandalização”, detalhou. Por outro lado, Salvador Alberto realçou que a ENDE tem procurado ser cautelosa no que tange ao período de abstinência de carregamentos, uma vez que com a ocupação das centralidades muitos cidadãos passaram a ter mais de uma casa.
Multas acima de 6000 Kwanzas
Aos clientes infractores são aplicadas penalizações que variam consoante os prejuízos causados. A multa por acesso indevido ao equipamento (contador pré- pago) está orçada em 6.000 Kwanzas. Caso a acção fraudulenta resulte em danos materiais, a outros contadores e a equipamentos de terceiros, o “prevaricador” é também responsabilizado pelos mesmos. “Uma caixa pode conter entre quarto a cinco contadores, na qual os monofásicos custam 150 dólares e os trifásicos 350 dólares”, detalhou. A par dos valores acima mencionados, o prevaricador também é obrigado a desembolsar o valor que deveria pagar pela energia que consumiu sem o controlo das autoridades. De acordo com Salvador Alberto, estas vandalizações causam prejuízos de pelo menos 15 por cento da facturação mensal da cobrança de energia nos dois sistemas de pagamentos disponíveis, pré e pós-pago, cujo valor não especificou.
ENDE tenta expandir o sistema pré-pago
A direcção da ENDE estima que a maioria dos bairros da cidade capital que beneficiam dos seus serviços já dispõe deste sistema de pagamento, embora nem todos os clientes estejam a utilizá- ¬los.“Entretanto, nem todos os contadores foram montados. “É nossa pretensão estender o serviço a todos os clientes de forma a aumentar esta cifra”, disse, Salvador Alberto. O sistema pré-pago da ENDE é uma modalidade de pagamento na qual o cliente paga antes de consumir o serviço, possibilitando-lhe, deste modo, ter maior controlo dos níveis de consumo.
O mesmo começou a ser implementado em 2006 e está em diversos bairros da cidade capital que beneficiam dos serviços da ENDENas demais províncias, este sistema já está presente em Benguela, com Trinta mil contadores de pré-pagos instalados até ao final do ano transato. Na época, estimava-se que existiam outros 8.900 disponíveis por instalar na província que tem 95 mil clientes cadastrados. Inicialmente previa-se que os contadores de pré-pagos cobririam a totalidade dos contratos nos municípios da Catumbela e Baía Farta e, numa fase a posteriori seriam expandidos aos municípios do Lobito e Benguela.