Os cubos de granitos que até agora têm sido transportados da província da Huíla para o Namibe, assim como as cisternas de combustíveis idas de Moçâmedes ao Lubango, a partir do mês de Maio, deixarão de ser transportados por terra
POR: João Katombela, na Huíla
A intenção consiste em preservar o tapete asfáltico da Estrada Nacional Nº 280, que liga as províncias da Huíla e do Namibe, passando pela Serra da Leba, cujo elevado grau de degradação inquieta os automobilistas utentes daquela estrada. A informação foi veiculada ontem, no Lubango, pelo Presidente do Conselho de Administração dos Caminho-de-ferro de Moçâmedes (CFM), no encerramento da primeira formação de Factores, Condutores e Maquinistas das províncias do Namibe, Huíla e Cuando- Cubango.
Daniel Quipaxe declarou que a iniciativa resulta da parceria estabelecida entre os Governos das províncias do Namibe e da Huíla, com vista a evitar a degradação da Estrada Nacional 280. “Os desafios já são previstos, nós começamos já a transportar combustível. Embora de forma tímida, começamos também a transportar granito e mercadoria contentorizada. Mas o que está previsto, é que a partir do próximo mês de Maio, assumamos na plenitude e em exclusividade, o transporte do granito e de combustível, a pedido dos governos da Huíla e do Namibe, e também para dar cumprimento a uma orientação superior do executivo de Angola, para que as estradas não se degradem ainda mais do que estão agora” frisou.
O CFM dispõe de 30 locomotivas novas e mais de 100 carruagens de passageiros e de carga para a realização de comboios que interligam as províncias do Namibe, Huíla e Cuando Cubango. Mais de 100 técnicos reforçam o sector. O Caminho-de-ferro de Moçâmedes conta, desde ontem, com o reforço de 111 técnicos, entre Factores, Condutores e Maquinistas para as províncias do Namibe, Huíla e Cuando Cubango. Esses técnicos beneficiaram de uma acção formativa que decorreu de Dezembro do ano passado a 31de Março deste ano. O PCA do CFM, Daniel Quipaxe, afirma que estes quadros vão reduzir as dificuldades que assolavam a empresa no capítulo dos recursos humanos especializados. Daniel Quipaxe referiu que, com essa acção formativa, a sua empresa vai prestar serviços de melhor qualidade, consubstanciado na transportação de pessoas e bens.
“Vivíamos um défice de quadros nas áreas de maquinistas, factores e condutores. Com esta formação cobriremos grande parte destas dificuldades, portanto, é um ganho para o CFM. E também é uma experiência louvável, por ser a primeira formação que as três empresas promovem, orientada por formadores provenientes das empresas ferroviárias”, enfatizou, tendo salientando ainda, que antes do ciclo formativo que recentemente terminou, o CFM recorria a formadores externos. Depois do curso, o número de quadros do Caminho-de-ferro de Moçâmedes (CFM) passa a configurar 200 trabalhadores distribuídos nas áreas de Maquinistas, Factores e Condutores, respectivamente.